domingo, 10 de junho de 2012

O cigarro nas doenças reumáticas

A prevalência do tabagismo na Brasil é de 17,2% da população, contando com um total de 24,6 milhões de pessoas (60% homens), segundo pesquisa realizada em 2008 (PETab). A conscientização dos males do cigarro aumentou muito nos últimos anos, principalmente os problemas pulmonares e cardíacos. Mas qual o impacto nas doenças reumatológicas? Na artrite reumatóide (AR), o papel do fumo está bastante estabelecido: não apenas aumenta o risco de sua incidência, como também aumenta a gravidade e dificulta o seu tratamento. Mais recentemente, o tabaco também tem sido relacionado com aumento de Artrite Psoriásica (relacionada à psoríase) e também de Espondilite Ancilosante. Sabe-se ainda, que o mecanismo inflamatório dessas doenças por si só também aumentam o risco cardiovascular desses pacientes. Por exemplo, pacientes com AR morrem mais de problemas cardíacos quando comparados com pessoas sem a doença. Assimiladas as informações acima, está cada vez mais claro o quão prejudicial é o tabagismo para esses pacientes: não apenas aumenta o risco e a gravidade da enfermidade reumatológica, como também multiplica o risco de infarto e outros acidentes vasculares. O papel do reumatologista é informar seus pacientes, identificar e tratar fatores de risco associados, e encorajar os fumantes a abandonar o vício, se necessário com o auxílio de medicações.

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